Com
o desenvolvimento da educação a partir da criança, e fundamentada nas nossas
pedagogias construtivistas, partilho da opinião de que as atividades lúdicas
devem ser valorizadas no contexto escolar como poderosas ferramentas para o
aprendizado de conteúdos “científicos” e de comportamentos socialmente
desejáveis.
Através
do jogo, e mais concretamente, do jogo de faz de conta, as crianças
apropriam-se da realidade e recriam o mundo, não para mudá-lo mas para
compreendê-lo. Quando as crianças brincam entram no mundo da fantasia, no qual
têm o poder de revelar as suas visões do mesmo, as suas descobertas, os seus
gostos e de partilhar ideias e sentimentos pelo prazer de experimentar.
Descobrem quais são os seus limites, as suas potencialidades, exercitando a
autonomia e a identidade, pois terão que analisar e fazer as suas escolhas.
Cabe
por isso ao educador organizar oportunidades para as crianças brincarem,
enriquecendo de forma construtiva as suas brincadeiras. Por conseguinte, as
crianças poderão desenvolver-se e expressar-se através das suas múltiplas
linguagens.
Seguindo
esta perspetiva, surgiu na sala dos 2 anos dois novos projetos: dinamização da
biblioteca com os contos tradicionais e construção de um hospital na nossa
sala.
Estes projetos surgiram dos interesses manifestados pelas
crianças deste grupo, mas também para trabalhar temáticas presentes nas orientações
curriculares para o pré – escolar. No desenrolar destes projetos foram várias
as atividades e experiências vivenciadas pelas crianças, desde a construção do
hospital e dos cenários, às conversas orientadas em grande grupo para novas
aprendizagens e partilha de saberes, até à exploração dos espaços criados e
materiais que as próprias crianças trouxeram de casa.
Estes projetos serviram para desmistificar medos e
ansiedades presentes nesta faixa etária, abordando temas como os cuidados de
saúde nos hospitais, as consequências de não ouvir os mais velhos e sermos
preguiçosos.
Educadora Sandra Moreira
Sem comentários:
Enviar um comentário