Para começar a educação dos esfíncteres, é fundamental que se reúnam uma
série de condições. A primeira e imprescindível é a fisiológica, ou seja, os
músculos dos esfíncteres (bexiga e ânus) devem estar suficientemente
desenvolvidos, de forma a que possam fechar-se o necessário para reter a urina
e as fezes. A segunda é a condição mental, isto é, a criança deve ser capaz de
compreender o que pretendemos dela, e ser consciente do ato que desejamos que
realize.
Estes fatores são comprováveis quando observamos que a criança:
- Mantém a fralda seca por longos períodos de tempo;
- Manifesta a vontade de evacuar.
De salientar, que não existe uma idade certa para deixar a fralda,
variando de criança para criança, assim como uma duração (pode demorar uns dias
ou até alguns meses). No entanto, todas estas competências estão, normalmente,
adquiridas entre os 18 e os 36 meses.
Como
começar?
- As crianças entre os 18 e os 36 meses
gostam de ser reconhecidas como crescidas, e por isso imitam os adultos. Assim
quando sentamos a criança no pote podemos sentar-nos na sanita, mostrando que é
um processo natural;
- A primeira fase é conhecer o
pote/sanita e habituar-se a sentar-se nele(a). Nas primeiras vezes, a criança
não conseguirá fazer nada, mas com o tempo o cocó e o xixi surgirão. Quando
isso acontecer, elogiar a criança e fazê-la sentir-se crescida é um grande
passo para a maturação do processo;
- A segunda fase passa por dar à criança
independência, responsabilidade e liberdade. Podemos começar a tirar a fralda,
durante o dia, e ir lembrando se sente vontade de fazer xixi/cocó. Vesti-la com
roupa prática (fácil de baixar) e deixar o pote ao seu alcance;
- Numa terceira fase, a criança já terá
este processo bem amadurecido e poderemos retirar a fralda durante a sesta e
depois durante a noite.
O
que não fazer?
- Não devemos precipitar o processo. Se
a criança ainda não fala do assunto, ou se não se queixa quando tem a fralda
suja, é melhor esperar mais algum tempo;
- Não devemos deixar a criança muito
tempo sentada no pote, pois queremos que este momento seja divertido e não
maçador;
- Não devemos repreender a criança em
caso de “acidente”. Uma boa conversa e explicação basta;
- Depois de começar não devemos
facilitar e colocar a fralda só porque dá mais jeito. Todos os esforços são
válidos para uma rápida adaptação.
Educadora Maria João Paiva, Sala Loris
Malaguzzi
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