Educadora Florbela Rios
terça-feira, 29 de outubro de 2013
No Tempo dos Castelos
Brincar é importante?
Quando
é planificada uma semana de atividades, apenas estão presentes atividades
orientadas em que se vai tentar que a criança adquira um conjunto de
competências numa determinada área. E o brincar, não é planificado? Ao brincar
a criança está na mesma a adquirir competências, tal como acontece nas atividades
planificadas.
Tendo
em conta esta premissa, será importante as crianças brincarem?
Tal
como refere Machado:
“Brincar
é também um grande canal para o aprendizado, senão o único canal para
verdadeiros processos cognitivos. Para aprender precisamos adquirir certo
distanciamento de nós mesmos, e é isso o que a criança pratica desde as
primeiras brincadeiras transicionais, distanciando-se da mãe. Através do filtro
do distanciamento podem surgir novas maneiras de pensar e de aprender sobre o
mundo.” (2003:37)
Este autor acrescenta ainda que:
Este autor acrescenta ainda que:
"(…) ao brincar, a criança pensa, reflete e organiza-se internamente
para aprender aquilo que ela quer, precisa, necessita, está no seu momento de
aprender; isso pode não ter a ver com o que o pai, o professor ou o fabricante de
brinquedos propõem que ela aprenda.” (2003:37)
Neste sentido, ao brincar de forma espontânea a criança vai expressar os seus instintos e as suas vontades, que irão servir de alavanca e orientação para auxiliar no desenvolvimento da inteligência, conseguindo desta forma, desenvolver apetências ao nível individual e social. Passando agora para a prática, o jogo simbólico, desenvolve competências em questões como o respeito de regras que se aplicam na brincadeira mas também na sua vida. Para além disso, proporciona a criatividade, já que ao representar diferentes papéis, a criança reproduz e cria diferentes personagens do seu dia-a-dia. Através destas simples, mas importantes brincadeiras, a criança aprende a expressar as suas emoções, tristezas, medos… sempre de uma forma lúdica e motivadora.
Para concluir esta ideia, com esta pequena análise aprende-se a importância do brincar, no sentido em que estimula a imaginação e o afeto, mas também auxilia o desenvolvimento de competências cognitivas e sociais.
Neste sentido, ao brincar de forma espontânea a criança vai expressar os seus instintos e as suas vontades, que irão servir de alavanca e orientação para auxiliar no desenvolvimento da inteligência, conseguindo desta forma, desenvolver apetências ao nível individual e social. Passando agora para a prática, o jogo simbólico, desenvolve competências em questões como o respeito de regras que se aplicam na brincadeira mas também na sua vida. Para além disso, proporciona a criatividade, já que ao representar diferentes papéis, a criança reproduz e cria diferentes personagens do seu dia-a-dia. Através destas simples, mas importantes brincadeiras, a criança aprende a expressar as suas emoções, tristezas, medos… sempre de uma forma lúdica e motivadora.
Para concluir esta ideia, com esta pequena análise aprende-se a importância do brincar, no sentido em que estimula a imaginação e o afeto, mas também auxilia o desenvolvimento de competências cognitivas e sociais.
Sabemos
que brincar é uma atividade natural da criança. Mas porque é que a criança tem
necessidade de brincar? A criança brinca por prazer, por distração, mas também
na pesquisa de novos saberes e mais conhecimento. Durante a sua brincadeira a
criança experimenta e descobre de forma autónoma; valoriza-se a si mesma e
entende as limitações pessoais; é ativa dentro de um ambiente seguro, que
encoraja e consolida o desenvolvimento de normas e valores sociais. Para além
de tudo isto comunica, questiona, interage com os outros, desenvolvendo um
conjunto de regras/competências vitais para a sua vida futura. Todas estas
competências são adquiridas de forma mais natural durante esta atividade.
Brincar
é importante porque é a base de uma educação feliz e sólida. Tão ou mais
importante como é para o adulto trabalhar, é o que a faz sentir-se ativa,
criativa e que lhe dá abertura para se relacionar e conhecer os outros.
Para
terminar, e para sintetizar tudo que já foi dito,
“O
brincar é o principal meio de aprendizagens da criança (…) [onde] gradualmente
desenvolve conceitos de relacionamento causais, o poder de discriminar, fazer
julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular”. (2002:36)
Educador José Pedro Gonçalves
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Bolo de outono
O outono está aí, anunciando a chegada das
primeiras chuvas, da queda da temperatura e do amarelar das folhas das árvores,
que caídas no chão, trazem saudades àqueles que preferem o calor do verão.
Surpreendentemente, durante o outono as cores da Natureza multiplicam-se,
sente-se o aroma das castanhas a estalar, o aconchego das mantas sobre o sofá e
dá-se início ao secular ritual do chá, produto do qual os portugueses foram os
primeiros europeus a tomar contacto, já no séc. XVI, quando avistaram pela
primeira vez as costas do Império do Japão.
Quando pensamos em culinária, nesta época do ano, é imprescindível pensar-se na castanha, que juntamente com o vinho, as compotas ou a marmelada são um dos ícones desta estação. Todos sabemos que do ponto de vista nutricional a castanha é riquíssima em hidratos de carbono, fornecendo simultaneamente quantidades consideráveis de potássio, fósforo, cálcio e magnésio. Há quem goste delas cruas, embora o mais normal é serem cozidas ou assadas. Mesmo sozinhas são a base ideal para uma ótima sobremesa, mas haverá algo melhor do que uma fatia quentinha de bolo para reconfortar o corpo nestes dias cinzentos? Há quem diga que as espécies de castanheiros existentes em Portugal produzem das melhores castanhas do mundo. Inspirados na castanha transmontana, os alunos da Sala de Estudo resolveram confecionar um bolo muito saboroso.
Quando pensamos em culinária, nesta época do ano, é imprescindível pensar-se na castanha, que juntamente com o vinho, as compotas ou a marmelada são um dos ícones desta estação. Todos sabemos que do ponto de vista nutricional a castanha é riquíssima em hidratos de carbono, fornecendo simultaneamente quantidades consideráveis de potássio, fósforo, cálcio e magnésio. Há quem goste delas cruas, embora o mais normal é serem cozidas ou assadas. Mesmo sozinhas são a base ideal para uma ótima sobremesa, mas haverá algo melhor do que uma fatia quentinha de bolo para reconfortar o corpo nestes dias cinzentos? Há quem diga que as espécies de castanheiros existentes em Portugal produzem das melhores castanhas do mundo. Inspirados na castanha transmontana, os alunos da Sala de Estudo resolveram confecionar um bolo muito saboroso.
Para a sua confeção foram necessários os
seguintes ingredientes:
- 500 g de Castanhas;
- Uma Colher de Chá de Erva Doce;
- Uma Colher de Café de Sal:
- 250 g de Açúcar;
- 100 g de Manteiga;
- Duas Colheres de Chá de Fermento;
- Cinco Ovos.
Preparação:
Primeiramente, os alunos cozeram as castanhas
com a erva doce e sal. Logo em seguida, reduziram o preparado a puré. Mais
tarde, bateram o açúcar com as gemas e a manteiga, acrescentando gradualmente o
puré de castanhas e o fermento. Por fim, adicionarm as claras em castelo. O
preparado foi ao forno, previamente aquecido a 200 ºc, numa forma untada com
margarina e polvilhada com farinha.
Professor José Castro
"Se a Cor Muda", Perspetiva dos Alunos dos 5 Anos sobre a Exposição de Mel Bochner
A exposição que fomos ver à Fundação de Serralves, despertou no
grupo uma curiosidade sobre as diversas técnicas utilizadas pelo artista para
explorar a cor, os números, as formas e as letras. Numa fase em que toda a
representação da linguagem escrita cria interesse no grupo nada melhor do que
visitar uma exposição que aguçou toda essa curiosidade.
"Se a
cor muda” apresenta trabalhos de todas as fases criativas de Bochner,
incluindo, além de alguns dos seus primeiros desenhos e esculturas de pequena
dimensão, instalações, murais e fotografias. As suas obras mais recentes
assinalam um regresso à pintura, que em tempos viu com suspeita. Não obstante a
sua filiação conceptual, Bochner tem consistentemente utilizado nos seus
trabalhos a cor, investigando o modo como esta subverte a linguagem e o texto.
A sua série de "pinturas tesauro” exibe cadeias de palavras sobre telas de
grandes dimensões. Pintadas em cores vivas, as letras competem com um fundo
igualmente colorido, exigindo do espectador que simultaneamente leia e
observe.
Durante
visita, o grupo demonstrou particular interesse por uma monografia na qual Mel
Bochner utiliza uma técnica de pintura com rolo sobre letras e espalha toda a tinta. As
crianças opinaram sobre saída de linhas, o que na sua perspectiva estaria mal
pintado, contudo após explicação da guia perceberam que se tratava de uma
técnica de pintura que não conheciam e que poderiam explorar. Mais tarde, no
colégio, sugeriram experimentar a pintura tal como o artista tinha feito.
Aqui seguem algumas imagens de todo o processo de exploração da técnica:
Educadora Carolina Lopes
Evolução das Creches: Breve Revisão Histórica da Função de Guarda à Função Educativa
Corria
o ano de 1770, quando J. Oberlein, pastor de uma comunidade na França, teve a
ideia de criar um lactário para bebés latentes de famílias camponesas.
Escoceses e ingleses que passaram pela localidade, compreendendo a importância
destes centros, importaram a ideia para as zonas industriais do Reino Unido.
Passado
pouco mais de meio século, em 1846 existia já em Paris um grupo de 14 creches
associadas na “Sociedade das Creches”,
sendo o objetivo máximo a guarda das crianças de famílias de trabalhadores.
Entretanto, abriram também as primeiras creches privadas, bem como os lactários
de ordens religiosas, nomeadamente os das Irmãs de São Vicente de Paulo.
Foi
durante o século XIX que surgiram as primeiras creches públicas municipais.
No
entanto, com as fracas condições materiais da época, bem como a inexistência de
pessoal tecnicamente qualificado, associado ao nível socioeconómico bastante
baixo das populações, alvo, proliferavam as epidemias que as afetavam, bem como
os atrasos de desenvolvimento psicomotor, carências nutritivas e raquitismo
constante.
Já
no século XX, com os avanços da medicina, a colaboração entre as obras privadas
e os serviços públicos, os orçamentos de incentivo à iniciativa privada, e a
organização de algum controlo (legislativo) conduziram a alguma melhoria do funcionamento
e atendimento nestes estabelecimentos.
(Antigas Creches da região parisiense)
Finalmente,
nos três últimos decénios do século XX assistiu-se ao crescimento moderado das
creches.
Os
estudos do desenvolvimento cognitivo iriam mais tarde influenciar a visão das
creches, de um local de guarda para um lugar onde se educa e contribui para a
estruturação física e mental da criança. A forte influência da visão e estudos de
Piaget, sobre as crianças como seres ativos em crescimento, com impulsos
internos próprios e padrões de desenvolvimento, bem como sendo construtora do
seu mundo, foram também fundamentais para esta mudança de paradigma. Influenciando
diretamente, entre outras, a Abordagem
High-Scope, como veremos num próximo artigo mais específico sobre
metodologias em creche.
Trabalhamos
e acreditamos que a creche não será vista como um lactário, com uma simples
função de guarda, mas antes como um lugar onde educamos conscientes do
desenvolvimento de cada bebé e aquilo que devemos trabalhar com cada um nas
várias áreas do desenvolvimento: afetivo, social, físico e cognitivo.
Educadora Ana Rita Maia
Fonte
Bibliográfica:
“As Creches: Realização, Funcionamento, Vida e Saúde da
Criança”
Francoise Davidson; Poulette Maguin
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