Desde muito
pequenos estamos inseridos num mundo onde a Matemática está, naturalmente,
muito presente no nosso quotidiano, sem por vezes nos apercebermos. O mesmo
acontece ao longo do dia-a-dia na Sala Ovide Decroly, em que as crianças
demonstram curiosidade por tudo ao seu redor, tendo a oportunidade de
experienciar e vivenciar diversas experiências matemáticas de forma muito
natural como o próprio brincar, as rotinas, a gestão temporal, as regras, os
jogos...
Como
refere Zatz Halaban (2006), brincar é essencial para a criança, que aprende a
interagir com o mundo incentivando a lógica, a capacidade de estratégia, a tomada
de atitudes, o desenvolvimento do raciocínio, da concentração, da imaginação
promovendo a autonomia de pensamento. Neste sentido, o jogo e o brincar detém
de um papel primordial na nossa sala, para que as crianças se apropriem de
forma natural e progressiva de conceitos matemáticos, construindo de forma
ativa e participativa o seu próprio conhecimento.
A
título de exemplo, as crianças da Sala Ovide Decroly têm vindo explorar e a
descobrir a existência de diferentes formas geométricas através de jogos que
implicam observação e manipulação de objetos com essas mesmas diversas formas.
De forma lúdica, prazerosa e interessante estão a aprender a discriminar, a
diferenciar e a identificar o quadrado, o círculo e o triângulo. Existe assim,
uma construção contínua de conhecimentos com base no experimentar e na
resolução das dificuldades que vão acontecendo ao longo do jogo, favorecendo o
desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e do pensamento. À medida que
as crianças brincam de forma ativa e divertida, vão experienciando opções,
observando diferenças e semelhanças, apercebendo-se de algumas propriedades,
adequando estratégias através da tentativa-erro acabando por, naturalmente começar
a distinguir as características das formas geométricas nomeando-as e
diferenciando-as corretamente. O papel do educador neste processo de
aprendizagem é de mediador e facilitador levando o aluno aprender a aprender.
Esta
aprendizagem ativa e participada detém de um papel fulcral em idades precoces
favorecendo futuras aprendizagens. A brincar, aprendemos Matemática!
Educadora Susana Bessa, Sala Ovide Decroly
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