terça-feira, 22 de outubro de 2013

Bolo de outono

O outono está aí, anunciando a chegada das primeiras chuvas, da queda da temperatura e do amarelar das folhas das árvores, que caídas no chão, trazem saudades àqueles que preferem o calor do verão. Surpreendentemente, durante o outono as cores da Natureza multiplicam-se, sente-se o aroma das castanhas a estalar, o aconchego das mantas sobre o sofá e dá-se início ao secular ritual do chá, produto do qual os portugueses foram os primeiros europeus a tomar contacto, já no séc. XVI, quando avistaram pela primeira vez as costas do Império do Japão.

Quando pensamos em culinária, nesta época do ano, é imprescindível pensar-se na castanha, que juntamente com o vinho, as compotas ou a marmelada são um dos ícones desta estação. Todos sabemos que do ponto de vista nutricional a castanha é riquíssima em hidratos de carbono, fornecendo simultaneamente quantidades consideráveis de potássio, fósforo, cálcio e magnésio. Há quem goste delas cruas, embora o mais normal é serem cozidas ou assadas. Mesmo sozinhas são a base ideal para uma ótima sobremesa, mas haverá algo melhor do que uma fatia quentinha de bolo para reconfortar o corpo nestes dias cinzentos? Há quem diga que as espécies de castanheiros existentes em Portugal produzem das melhores castanhas do mundo. Inspirados na castanha transmontana, os alunos da Sala de Estudo resolveram confecionar um bolo muito saboroso.


Para a sua confeção foram necessários os seguintes ingredientes:
- 500 g de Castanhas;
- Uma Colher de Chá de Erva Doce;
- Uma Colher de Café de Sal:
- 250 g de Açúcar;
- 100 g de Manteiga;
- Duas Colheres de Chá de Fermento;
- Cinco Ovos.
Preparação:
Primeiramente, os alunos cozeram as castanhas com a erva doce e sal. Logo em seguida, reduziram o preparado a puré. Mais tarde, bateram o açúcar com as gemas e a manteiga, acrescentando gradualmente o puré de castanhas e o fermento. Por fim, adicionarm as claras em castelo. O preparado foi ao forno, previamente aquecido a 200 ºc, numa forma untada com margarina e polvilhada com farinha.

Professor José Castro

"Se a Cor Muda", Perspetiva dos Alunos dos 5 Anos sobre a Exposição de Mel Bochner

A exposição que fomos ver à Fundação de Serralves, despertou no grupo uma curiosidade sobre as diversas técnicas utilizadas pelo artista para explorar a cor, os números, as formas e as letras. Numa fase em que toda a representação da linguagem escrita cria interesse no grupo nada melhor do que visitar uma exposição que aguçou toda essa curiosidade.

"Se a cor muda” apresenta trabalhos de todas as fases criativas de Bochner, incluindo, além de alguns dos seus primeiros desenhos e esculturas de pequena dimensão, instalações, murais e fotografias. As suas obras mais recentes assinalam um regresso à pintura, que em tempos viu com suspeita. Não obstante a sua filiação conceptual, Bochner tem consistentemente utilizado nos seus trabalhos a cor, investigando o modo como esta subverte a linguagem e o texto. A sua série de "pinturas tesauro” exibe cadeias de palavras sobre telas de grandes dimensões. Pintadas em cores vivas, as letras competem com um fundo igualmente colorido, exigindo do espectador que simultaneamente leia e observe. 

Durante visita, o grupo demonstrou particular interesse por uma monografia na qual Mel Bochner utiliza uma técnica de pintura com rolo  sobre letras e espalha toda a tinta. As crianças opinaram sobre saída de linhas, o que na sua perspectiva estaria mal pintado, contudo após explicação da guia perceberam que se tratava de uma técnica de pintura que não conheciam e que poderiam explorar. Mais tarde, no colégio, sugeriram experimentar a pintura tal como o artista tinha feito.

Aqui seguem algumas imagens de todo o processo de exploração da técnica:
 
Educadora Carolina Lopes

Evolução das Creches: Breve Revisão Histórica da Função de Guarda à Função Educativa

Corria o ano de 1770, quando J. Oberlein, pastor de uma comunidade na França, teve a ideia de criar um lactário para bebés latentes de famílias camponesas. Escoceses e ingleses que passaram pela localidade, compreendendo a importância destes centros, importaram a ideia para as zonas industriais do Reino Unido.

Passado pouco mais de meio século, em 1846 existia já em Paris um grupo de 14 creches associadas na “Sociedade das Creches”, sendo o objetivo máximo a guarda das crianças de famílias de trabalhadores. Entretanto, abriram também as primeiras creches privadas, bem como os lactários de ordens religiosas, nomeadamente os das Irmãs de São Vicente de Paulo.

Foi durante o século XIX que surgiram as primeiras creches públicas municipais.

No entanto, com as fracas condições materiais da época, bem como a inexistência de pessoal tecnicamente qualificado, associado ao nível socioeconómico bastante baixo das populações, alvo, proliferavam as epidemias que as afetavam, bem como os atrasos de desenvolvimento psicomotor, carências nutritivas e raquitismo constante.

Já no século XX, com os avanços da medicina, a colaboração entre as obras privadas e os serviços públicos, os orçamentos de incentivo à iniciativa privada, e a organização de algum controlo (legislativo) conduziram a alguma melhoria do funcionamento e atendimento nestes estabelecimentos.

(Antigas Creches da região parisiense)

Finalmente, nos três últimos decénios do século XX assistiu-se ao crescimento moderado das creches.

Os estudos do desenvolvimento cognitivo iriam mais tarde influenciar a visão das creches, de um local de guarda para um lugar onde se educa e contribui para a estruturação física e mental da criança. A forte influência da visão e estudos de Piaget, sobre as crianças como seres ativos em crescimento, com impulsos internos próprios e padrões de desenvolvimento, bem como sendo construtora do seu mundo, foram também fundamentais para esta mudança de paradigma. Influenciando diretamente, entre outras, a Abordagem High-Scope, como veremos num próximo artigo mais específico sobre metodologias em creche. 

Trabalhamos e acreditamos que a creche não será vista como um lactário, com uma simples função de guarda, mas antes como um lugar onde educamos conscientes do desenvolvimento de cada bebé e aquilo que devemos trabalhar com cada um nas várias áreas do desenvolvimento: afetivo, social, físico e cognitivo.
 
Educadora Ana Rita Maia


Fonte Bibliográfica:

“As Creches: Realização, Funcionamento, Vida e Saúde da Criança”  
 Francoise Davidson; Poulette Maguin

sábado, 6 de abril de 2013

CER com novo site


No próximo dia 15 de abril, o Colégio Espinheira Rio estreia um novo site. Uma página com uma imagem renovada e potencialidades acrescidas que permitirão uma consulta mais rápida, intuitiva e eficaz, para além de outras funcionalidades. O desenvolvimento deste novo site resulta de uma parceria com a empresa Mundo Gráfico.


A Páscoa



Nesta época as escolas enchem-se de decorações coloridas: coelhos, ovos, galinhas... Aliás o costume de se oferecerem ovos por altura desta festividade, vem de uma tradição pagã, já que os ovos simbolizam a renovação da vida na primavera. Mais tarde, amêndoas cobertas de chocolate e ovos deste tipo, ficaram a dever-se a confeiteiros franceses. (in O Livro das Datas, Luísa Ducla Soares, Editora Civilização)

Claro que no Colégio Espinheira Rio, não somos exceção, também gostamos de festa, damos valor à educação estética das crianças e ao trabalho em grupo. Por isso, com os grupos dos 4 e 5 anos (Educadoras Carolina Lopes e Rita Maia, respetivamente), preparamos a Páscoa. O grupo da Sala de Estudo, com a orientação do professor José Castro também ajudou.

Preparamos uma decoração bem colorida e alusiva à época, e deixamos aqui uma boa ideia que também pode utilizar em casa nesta época.

a) Com um ovo de esferovite, pintado com tintas variadas e purpurinas a gosto, colocar num pau de espetada, e entre estes um pequeno ninho de sisal colorido;

b) Num caixote de fruta pequeno em madeira fazer ninho em sisal colorido, mas diferente dos ninhos pequenos;

c) Construir uma galinha também em esferovite, que pode ser montada com duas bolas de diferentes tamanhos. Pintar depois com uma cor base (amarela) aplicando de seguida leves pinceladas castanhas e vermelhas;

d) Espetar os ovos no ninho grande, e colocar a galinha.

Construiu-se depois uma árvore grande, junto ao seu tronco, colocaram-se os ovos feitos pelos alunos mais novos da Sala de Estudo, utilizando a técnica do balão, cola branca e lã, sobre a orientação do Professor José e da Educadora Renata Rio.

Mas nesta altura, também gostamos de preparar doces surpresas para as famílias. Juntos confecionamos bolachinhas, com formas alusivas à época: coelhos e ovos. No final, cada grupo colocou as bolachas na surpresa que preparou: coelhos de vara (4 anos e Sala de Estudo) ou saquinhos de doces (5 anos). 


Educadoras Ana Rita Maia e Carolina Lopes

Almoço Saudável


A cozinha continua, em muitos casos, a ser uma área interdita às crianças, quer por razões de segurança no manuseamento de vários utensílios e equipamentos, quer por motivos de desvalorização da culinária, enquanto disciplina, nos currículos escolares. Todavia, para comer bem é necessário promover, desde cedo, atividades lúdicas que ensinem os mais novos a preparar os seus primeiros pratos e, por meio dos alimentos, reforçar as aprendizagens das disciplinas tradicionais.

Estes momentos são ocasiões excepcionais para as crianças aprenderem a trabalhar em equipa, a assimilar hábitos de higiene, a tomarem contacto com a comida e respeitarem os alimentos. Através da culinária, os docentes podem explorar noções de medida e quantidade, que estimulam o raciocínio matemático, as ciências, a historia e até a geografia, se tivermos em conta a origens dos alimentos. Trata-se de uma atividade lúdica que nos amplia o interesse sobre os alimentos que consumimos.

Os alunos mais novos da Sala de Estudo, tendo em conta estas preocupações, decidiram confecionar uma receita saudável recorrendo a carnes brancas, vegetais e especiarias, evitando os alimentos fritos e a gorduras saturadas.

EMENTA:

Sopa – Caldo Verde;
Prato Principal Pernas de frango marinadas com vinho, especiarias e salsa;
Acompanhamento – Arroz branco e salada de alface, cebola e tomate;
Sobremesa – Gelatina de morango.



Prof. José Castro