terça-feira, 1 de abril de 2014

Projeto: "O Corpo Humano"

O corpo humano é formado por um conjunto de órgãos e sistemas que trabalham o tempo todo. 
 
Cada sistema com sua função específica é semelhante a uma máquina com várias peças: cada peça individualmente não representa muita coisa, mas dentro de um sistema, se uma delas parar de funcionar, prejudica o funcionamento das demais.
 
O cérebro é quem comanda tudo... 
 
Através de milhões de células nervosas chamadas de neurónios, ligadas a todas as partes do corpo, o controle dos órgãos e glândulas do corpo ocorre de forma dinâmica.
 
Conhecer como o nosso organismo funciona é fundamental para mantermos a saúde e uma boa qualidade de vida. Para isso, é preciso entender como trabalham os principais sistemas do organismo.
 
Como tudo começou?
 
A pergunta que despoletou todo o projecto foi “para onde vai a comida que comemos?”, daí foi feito todo um trabalho de pesquisa para dar resposta à nossa dúvida, a partir daí novas questões se levantaram e para além de trabalharmos o sistema digestivo, pesquisamos também sobre o aparelho respiratório, circulatório, urinário e aparelho reprodutor, conhecemos ainda o nosso esqueleto.
 
 
Educadora Carolina Lopes

quinta-feira, 13 de março de 2014

Brincar ao Faz de Conta

Com o desenvolvimento da educação a partir da criança, e fundamentada nas nossas pedagogias construtivistas, partilho da opinião de que as atividades lúdicas devem ser valorizadas no contexto escolar como poderosas ferramentas para o aprendizado de conteúdos “científicos” e de comportamentos socialmente desejáveis.
 
Através do jogo, e mais concretamente, do jogo de faz de conta, as crianças apropriam-se da realidade e recriam o mundo, não para mudá-lo mas para compreendê-lo. Quando as crianças brincam entram no mundo da fantasia, no qual têm o poder de revelar as suas visões do mesmo, as suas descobertas, os seus gostos e de partilhar ideias e sentimentos pelo prazer de experimentar. Descobrem quais são os seus limites, as suas potencialidades, exercitando a autonomia e a identidade, pois terão que analisar e fazer as suas escolhas.
 
Cabe por isso ao educador organizar oportunidades para as crianças brincarem, enriquecendo de forma construtiva as suas brincadeiras. Por conseguinte, as crianças poderão desenvolver-se e expressar-se através das suas múltiplas linguagens.
 
Seguindo esta perspetiva, surgiu na sala dos 2 anos dois novos projetos: dinamização da biblioteca com os contos tradicionais e construção de um hospital na nossa sala.
 
 
Estes projetos surgiram dos interesses manifestados pelas crianças deste grupo, mas também para trabalhar temáticas presentes nas orientações curriculares para o pré – escolar. No desenrolar destes projetos foram várias as atividades e experiências vivenciadas pelas crianças, desde a construção do hospital e dos cenários, às conversas orientadas em grande grupo para novas aprendizagens e partilha de saberes, até à exploração dos espaços criados e materiais que as próprias crianças trouxeram de casa.
 
Estes projetos serviram para desmistificar medos e ansiedades presentes nesta faixa etária, abordando temas como os cuidados de saúde nos hospitais, as consequências de não ouvir os mais velhos e sermos preguiçosos.
 
Educadora Sandra Moreira

quarta-feira, 5 de março de 2014

A Criança e a Alimentação

Logo desde os primeiros movimentos do bebé no ventre da mãe os pais pensam: «Esta vai ser a minha nova vida. É meu dever dever fazer tudo para que este bebé cresça e se desenvolva. O meu dever – parte dessa responsabilidade – é alimentá-lo bem.» Este papel pode começar a ser uma preocupação mesmo antes do nascimento do bebé.”
 
(T. Berry Brazelton & Joshua D. Sparrow)
 
A criança e a disciplina mais um livro da coleção Método Brazelton, do pediatra  norte-americano T. Berry Brazelton em co-autoria com o pedopsiquiatra Joshua Sparrow. Tal como o livro apresentado no artigo anterior, este permite aos pais conhecerem situações bem características relativamente à alimentação, e à forma como este processo se desenrola ao longo do desenvolvimento da criança.
 
A criança e a alimentação, é o tema escolhido para este mês, precisamente porque à semelhança do anterior, bastantes pais têm colocado questões relativas a este processo.
 
Comecemos por uma preocupação habitual: a recusa da comida. Esta pode ocorrer por vários dias ou aparecendo de vez em quando, a criança vai recusado alimentos específicos, sempre os mesmos ou outros. Por vezes a recusa para comer surge associada a vómitos, comportamentos que naturalmente perturbam os pais.
 
Os hábitos alimentares dos pais servem de modelo aos filhos. Pelo que aproveitando as suas próprias escolhas alimentares, podem preparar as dos filhos. Mas apesar de decidirem que alimentos servem aos filhos a dificuldade surge porque não os podem obrigar a comer, é uma opção da criança.
 
Apesar da recusa em comer poder ter como origem uma resistência da criança para com a pressão exercida pelos pais para que coma, existem outras causas possíveis: por vezes hipersensibilidade a sabores ou texturas, problemas de deglutição, problemas digestivos... por vezes as crianças podem revoltar-se contra a insistência dos pais para que comam, maioritariamente feita de forma inconsciente.
 
Aos dois / três anos, as crianças demonstram grande resistência, o que implica paciência e tolerância por parte dos pais. Mas pelos quatro anos, a criança começa a ser capaz de imitar o comportamento à mesa e os hábitos alimentares, pelo que estas “crises” irão desaparecendo.
 
Todo este processo tem um forte aliado quando as refeições se tornam um “tempo de família”. Para as crianças pequenas as rotinas são estabilizadoras, pelo que iniciar e terminar o dia com uma refeição em família, só trará vantagens. Especialmente num contexto social como o nosso, em que as crianças passam mais tempo nas creches do que com os pais, que por seu turno passam a maior parte do dia a trabalhar, prolongando por vezes as horas de trabalho quando chegam a casa. Assim, um pequeno almoço ou pelo menos o jantar devem fazê-lo em família.
 
Estar com a criança ao pequeno almoço se lhe for possível, será importante porque ajuda-a a preparar-se para a “separação” ao longo do dia.
 
Ao jantar aproveitem para conversar, ajudando a criança a desenvolver competências sociais, transformando a refeição num momento agradável de partilha de experiências.
 
Quanto aos alimentos, é altura de estabelecer regras claras, a refeição é igual para todos. Assim não deverá existir uma refeição especialmente preparada para a criança a partir do momento que esta pode fazer uma dieta alimentar normal: introdução dos sólidos. É claro que estas estarão sujeitas aos devidos ajustes: em primeiro lugar relativamente aos alimentos não autorizados pelo pediatra, seguida dos complementos mais fortes como molhos de natas, béchamel, mostarda, maionese...
 
Tal como em outros aspetos, também na alimentação as crianças pequenas aprendem como devem comportar-se à mesa através da imitação de adultos e crianças mais velhas. Deverá ser adotada desde cedo uma postura correta por parte do adulto, consciente de que estará a modelar o comportamento da criança. Mas só pelos quatro/ cinco anos é que esta estará preparada para reproduzir corretamente esse modelo, o uso dos talheres, do guardanapo, bem como o uso regular de expressões como “por favor” e “obrigada/o”.
 
Assim, em crianças pequenas reforce oralmente este tipo de expressões, mas não espere que uma criança de dois anos a utilize. No entanto, aos três anos poderá tentar utilizá-las, bem como os talheres, e quanto a estes podem surgir tentativas para irritar os pais deixando-os cair ao chão. Seja muito paciente!
 
Aos quatro / cinco anos, consciente do seu próprio comportamento à mesa, a criança valoriza o impacto deste e a aprovação dos outros é importante. E pelos seis anos já podemos esperar da criança um correto comportamento à mesa. Mas apesar disto, a repetição e paciência dos pais continuarão a ser imprescindíveis!
 
Nesta página da internet poderá encontrar este livro do Método Brazelton:
 
Educadora Ana Rita Maia

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A Criança e a Disciplina

"A disciplina é o segundo presente mais importante
que um pai pode dar a uma criança."
 
(T. Berry Brazelton & Joshua D. Sparrow)
 
A criança e a disciplina é o primeiro livro da coleção Método Brazelton, do pediatra norte-americano T. Berry Brazelton em co-autoria com o pedopsiquiatra Joshua Sparrow. Este livro permite aos pais conhecerem comportamentos característicos nas várias fases do desenvolvimento em diferentes áreas, aconselhando estratégias possíveis para diferentes  crianças, indicando sempre vantagens e desvantagens da aplicação destas.
 
Assim este livro, e em última análise o Método Brazelton assumem um caráter formativo e de ajuda aos pais, não apresentando "receitas únicas" pré-formatadas, implicando que pais ou mesmo educadores as utilizem tendo em consideração as crianças e a aplicabilidade das estratégias em cada caso concreto.
 
Muitos pais de crianças a partir do ano e meio têm chegado com algumas dúvidas relativamente à forma como devem disciplinar os seus filhos, já que as birras estão a surgir e por vezes não sabem como as controlar. Por outro lado, as asneiras e desafios à autoridade do adulto também se tornam evidentes à medida que a criança cresce. Saber como agir será fundamental para garantir uma boa educação da criança sem a incerteza ou medo de causar possíveis "traumas" nos seus filhos.
 
Desde o nascimento e mesmo antes de se aperceberem disso os pais vão disciplinando os seus filhos, mas quando surgem as primeiras birras durante o segundo ano de vida, muitas vezes em público deixando os pais sem saberem o que fazer, sente-se por vezes maior necessidade de orientação no sentido de disciplinarem as crianças de uma forma mais consciente, sabendo especificamente como atuar para terminar com a birra ou como fazer com que os seus filhos entendam que determinada ação não se pode fazer.  
 
No fundo as birras são uma resposta física a um turbilhão de emoções para tomar decisões e que a criança pequena ainda não é capaz de interpretar.
 
Nesta página da internet poderá encontrar os vários livros do Método Brazelton: http://www.presenca.pt/pesquisa/serie/M%25E9todo%2BBrazelton/
 
Educadora Ana Rita Maia

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Foi notícia em janeiro

Faz parte das incumbências do professor enquanto agente transformador de aprendizagens, dinamizar o espaço da sala de aula. Tal como foi partilhado no último mês de novembro, o grupo da Sala de Estudo criou, este ano letivo, um jornal de parede aberto à comunidade escolar. O jornal de parede é por excelência um espaço no qual os alunos se podem expressar livremente, confrontar opiniões ou simplesmente narrar acontecimentos significativos vividos na primeira pessoa dentro e fora da instituição. Aliás, no processo de desenvolvimento das competências da leitura e da escrita, a sua presença é fundamental. Dizer que a sua finalidade se esgota em si próprio, não podia estar mais longe da verdade, uma vez que constitui um projeto aglutinador de informação, formação, fruição e lazer. Resta-nos esperar que com o tempo este deixe de ter apenas um papel subsidiário e periférico nas atividades escolares e promova, ao invés, o gosto pelo acesso à informação.
 
No seguimento deste trabalho foi notícia na Sala de Estudo:
 
 
Professor José Castro

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Avaliação: Qualidade em vez de Quantidade

“A avaliação em educação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, em cada nível de educação e ensino e implica princípios e procedimentos adequados às suas especificidades.”
 
(Circular nº. 4 /DGIDC/DSDC/2011: 1). 
 
No caso da educação pré-escolar “assume uma dimensão marcadamente formativa, desenvolvendo-se num processo contínuo e interpretativo ” (Circular nº: 4, 2011: 1) tendo a criança como protagonista do processo de ensino-aprendizagem. Assim, é fundamental haver um conhecimento das metas atingidas pela criança, das suas dificuldades e como ela as poderá superar. (Circular nº: 4, 2011) Sendo uma avaliação formativa:
 
 “é um processo integrado que implica o desenvolvimento de estratégias de intervenção adequadas às características de cada criança e do grupo, incide preferencialmente sobre os processos, entendidos numa perspectiva de construção progressiva das aprendizagens e de regulação da ação.“        
 
 (Circular nº. 4,DGIDC/DSDC, 2011: 2). 
 
Os procedimentos utilizados na recolha de evidências, para sustentar a avaliação, dependem das opções metodológicas de cada educador. Estes registos podem ser:

ü Abordagens narrativas;
ü Fotografias;
ü Gravações áudio e vídeo;
ü Registos de auto avaliação;
ü Portefólios construídos com as crianças;
ü Questionários a crianças, pais ou outros parceiros educativos;
ü Outros.
 
Autilização de várias técnicas e instrumentos de recolha de informação vão possibilitar ao educador perceber as necessidades das crianças nas diferentes áreas. Possibilita ainda avaliar a sua progressão e ao mesmo tempo recolher elementos concretos para a adequar a sua intervenção às necessidades do grupo.
 
Em suma, a avaliação não pretende enquadrar a criança num valor regulamentado, mas é o resultado da observação e do planeamento. Serve para refletir sobre cada criança e adaptar toda a aprendizagem, investindo nas áreas de maior dificuldade e valorizar as conquistas.
 
Educador José Gonçalves

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A Matemática no Jardim-de-Infância

Desde cedo a criança é frequentemente confrontada com o sentido de número: quantos anos tem, o número da porta de casa, os preços no supermercado, o número de meninos que há na sala, as datas nos trabalhos, o número de crianças que podem ficar nas diversas áreas da sala, entre outras situações. São diversos os contextos em que a criança tem oportunidade para contar e observar os numerais.

A criança gosta de contar e decorar os números. Para algumas recitar a sequência da contagem é um autêntico desafio e vão criando sequências próprias até conhecerem a correcta. No entanto, tal não significa que a criança conheça realmente os números.

"Há crianças que aprendem com gosto e facilidade a memorizar a sucessão de números cardinais; é, no entanto, mais importante perceber a correspondência de uma determinada quantidade a um número, do que saber de cor a sucessão numérica.” OCEPE (1997, p. 77).

Embora as primeiras experiências de contagem tenham, obrigatoriamente, que estar associadas a objectos concretos, à medida que vão desenvolvendo o sentido de número, as crianças vão sendo capazes de pensar nos números sem contatarem com os objectos.

Familiarizar-se, o mais precocemente possível, com o domínio da Matemática partindo sempre de situações de jogo ou de materiais e experiências significativas para a criança é fundamental para que possa desenvolver o raciocínio, estimular a capacidade de pensar e de resolver problemas e de, gradualmente, construir a noção de número.

Na sala dos 4 anos, a Matemática tem sido muito trabalhada e ultimamente temos vindo a familiarizarmo-nos com os números. O último número de que falamos foi o 10, fechando assim o ciclo dos números naturais.

Para facilitar a aquisição do sentido de número e quantidade aqui está um exemplo de uma atividade realizada na sala:

Atividade: “Contagem de bolinhas”

Situação de Aprendizagem: Atividade individual

Material: Caixa de ovos com 12 buracos numerados de 0 a 10, deixando um livre para arrumação das bolinhas. Bolinhas de papel de crepe de variadas cores, em que cada cor representa um número.

Desenvolvimento: Apresentar à criança o material e explicar que as bolinhas são para arrumar nos buracos da caixa de ovos no número correspondente. Primeiro devem separá-las por cor, de seguida contá-las e por último ordená-las no respectivo lugar. Deixar as crianças explorar o material, colocando-o na área da Matemática para ser utilizado sempre que quiserem.
 
 
Educadora Sofia Aroso