sexta-feira, 20 de outubro de 2017

À Descoberta das Cores

A “Lição de Três Tempos” desenvolvida por Eduard Séguin e aprimorada por Maria Montessori, em 1909, fala-nos de três momentos de aprendizagem das cores.

Inicialmente, no primeiro tempo, respeitante à associação da perceção visual com o nome, apresentamos às crianças duas cores, vermelho e azul. Apresentamos o vermelho e dizemos “este é vermelho” e apresentamos o azul e dizemos “este é azul”.

No segundo tempo, faz-se o reconhecimento do objeto correspondente ao nome. Dizemos às crianças “dá-me o vermelho” e depois “dá-me o azul”.

Por último, no terceiro tempo, recordamos o nome correspondente ao objeto. Perguntamos às crianças “qual é este?”, mostrando o objeto.

Maria Montessori fez uma alteração à “Lição de Três Tempos”. Ela inseriu o período que depende da autoeducação, no qual apresentamos o material em silêncio e a criança desempenha a tarefa. Este período antecede os outros três.

Nesta atividade, registamos a exploração da cor azul e da cor vermelha, ao mesmo tempo que trabalhamos outras competências, tais como: a motricidade fina e a concentração. Rasgamos papéis de cor azul e vermelha e colamos no círculo correspondente.


Na nossa sala, vivenciamos a Matemática todos os dias, nos pequenos pormenores do dia-a-dia, fazemos conjuntos, comparamos tamanhos, cores e formas, de uma forma simples a Matemática vai entrando nas nossas vidas.

Educadora Carolina Lopes, Sala Ovide Decroly

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Babies Masterchef

Para comemorar o Dia Mundial da Alimentação, na Sala Maria Montessori, realizou-se uma atividade de culinária, que permitiu aos nossos pequenotes descobrir o mundo através dos sentidos.


Entre os 0 e 2 anos a criança vive o chamado período sensório-motor, o que significa que é por meio dos sentidos que conhece e interpreta tudo o que acontece ao seu redor. A informação captada pelos sentidos é a força motriz para o movimento. É o cheiro, o som, a cor e todas as percepções que os sentidos trazem para o cérebro que instigam a criança a pegar, explorar, analisar e comparar… «As experiências e vivências sensoriais são “alimento” para o cérebro, que tem a função de “organizar as sensações do próprio corpo e do mundo, de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente”» (AYRES,1972).

Assim sendo, e de uma forma simples e saudável, as crianças experimentaram novas texturas, cheiros e paladares.

Nesta sessão de culinária usamos: bananas, farelo de aveia; flocos de aveia e canela.

 

Logo pela manhã, pusemos mãos à obra!


Exploramos, cheiramos, tocamos...


Na hora do lanche, provamos as nossas bolachinhas...





Hummm, deliciosas!


Educadora Maria João Paiva, Sala Maria Montessori

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Dia Mundial do Animal

Olá, olá!

Estas duas últimas semanas no colégio
têm sido uma animação!!
Entre peças e peripécias
Quatro patas de inspiração!

Os meninos da Sala Loris Malaguzzi
tiveram a visita de novos amigos,
que nos surpreenderam com truques e agilidades
Todos muito divertidos!
  
Eram quatro, "os quatro patas"
A Coral, a Bianca, o Óscar e a Nammu,
Sempre aos saltos divertidos
Mais pareciam cangurus.

Depois mais calmamente,
Já na sala descansados,
Ouvimos uma história bem bonita,
De animais nunca abordados.

Falamos então das cigarras,
Das cigarras e das formigas
Serão estas o nosso projeto,

“As Formigas”, as nossas amigas.


 


Educadora Florbela Rios, Sala Loris Malaguzzi

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Sou Saudável, Sou Feliz

A fruta é um alimento muito importante na nossa alimentação. Segundo a Organização Mundial de Saúde, devemos consumir entre três a cinco porções de fruta por dia, diversificando as mesmas sempre que possível. A ingestão diária de fruta ajuda o organismo a defender-se de doenças e viroses.

A fruta é versátil, pode ser consumida e confecionada de várias formas, tais como: sumos caseiros, purés, batidos, saladas, cozida, assada e até misturada com outros alimentos.

A propósito do Dia Mundial da Alimentação, na Sala Ovide Decroly fizemos um revigorante batido com recurso a uma máquina de sumo. Estava delicioso! 

Aproveitamos ainda a ocasião para saber um pouco mais sobre as características de cada fruto, nomeadamente os seus sabores, cheiros e texturas. Foi um dia em cheio!



Educadora Carolina Lopes, Sala Ovide Decorly

sexta-feira, 19 de maio de 2017

O Pote

Desfralde: como fazer?

O desfralde é um grande passo tanto para as crianças como para os pais. Mas afinal, qual é o segredo para o sucesso? TEMPO e PACIÊNCIA.


Será que está na hora?

O sucesso deste marco na vida das nossas crianças depende de características físicas e emocionais e é na maturidade destas que nos devemos centrar para perceber se uma criança está pronta, logo não nos devemos centrar (sempre) na sua idade. Muitas crianças mostram interesse no “pote” pelos dois anos, mas outros podem demonstra-lo só a partir dos dois anos e meio ou até mais velhos, e não pode haver pressa. Se começar cedo demais o treino pode durar mais tempo e o seu filho poderá perder o interesse e entusiasmo.

Então, como podemos saber se o nosso filho está preparado?

Se se colocar estas questões e se a resposta for na maioria delas positiva, vá em frente!

- O seu filho demonstra interesse na sanita, no pote ou em usar roupa interior (cuecas)?

- O seu filho compreende indicações básicas?

- Consegue perceber através das suas expressões ou pelas suas palavras quando o seu filho precisa de ir à casa de banho?

- O seu filho consegue manter-se seco por períodos de duas horas ou mais durante o dia?

- O seu filho avisa-a quando tem a fralda suja ou molhada?

- O seu filho consegue subir e descer as calças?

- O seu filho consegue sentar-se no pote ou na sanita sozinho ou usar as escadas de apoio para o fazer?

Preparados? Vamos então começar!

Quando decidir que está na hora, prepare o seu filho para o sucesso. Mantenha uma atitude positiva e procure a parceria de todos os prestadores de cuidados (familiares) e profissionais de educação, como o Educador de Infância do seu filho, por exemplo. Devem estar todos em sintonia para que não haja incoerências e para que não se criem confusões no seu filho.

Siga estes passos:

Prepare o equipamento que precisa:

Mantenha o pote sempre disponível e, se necessário, o redutor e as escadas de apoio à sanita. Encoraje o seu filho a sentar-se na sanita e certifique-se que os pés estão bem apoiados.

Ajude o seu filho a compreender termos relacionados com o uso da casa de banho, usando termos simples mas corretos e ilustrando com ações o que se pode fazer neste espaço.

Prepare um horário...

Se o seu filho mostra interesse no uso do pote/sanita sente-o lá durante alguns minutos, várias vezes por dia, até perceber a rotina biologia do seu filho dentro deste contexto.

Leia para o seu filho ou dê-lhe um brinquedo enquanto está sentado no pote/sanita. Fique com ele enquanto este estiver na casa de banho. Lembre-lhe que se não fizer desta vez pode sempre fazer da próxima vez que for ao pote. É importante ser persistente.

Depressa, vamos ao WC!

Quando o seu filho demonstra que quer ir à casa de banho (quando se baixa e aninha, quando se esconde ou coloca as mãos na zona genital, por exemplo), atue rapidamente!

Converse com ele acerca destes sinais para que se aperceba ele próprio deles e comece a controlar-se e a pedir para usar a sanita/pote.

Está na hora das… cuecas!

Depois de idas com sucesso à casa de banho pode considerar o uso exclusivo de cuecas! Celebre esta transição com o seu filho! Deixe o seu filho escolher as suas cuecas!

Durante o sono

A maior parte das crianças faz primeiro o controlo esfincteriano durante o dia, muitas vezes depois de 1, 2 meses de treino persistente. O controlo noturno e durante a hora da sesta pode demorar mais tempo. Use inicialmente fralda e depois, quando perceber a rotina noturna do seu filho, leve-o a casa de banho e, posteriormente, retire-lhe a fralda. Não se esqueça das proteções do colchão!


Educadoras Florbela Rios, Mariana Espinheira Rio e Vera Ferraz,
Salas Maria Montessori, Jean Piaget e Lev Vygotsky

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O 1.º Ciclo está a chegar! E agora?

Tendo em conta que o Pré-escolar é a “primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida” (Lei nº 5/97 de 31 de março, Capítulo II, Artigo 2) é necessário haver uma articulação entre valências no sentido de não haver uma fragmentação educativa. Tal como refere Sim-Sim (2010) a entrada no primeiro ciclo é marcada por uma grande diversidade de estados antagónicos (alegria, felicidade, receio, stress e angústia). Estes estados resultam das alterações metodológicas e de rotina, passando de um contexto informal para ou contexto mais formal. Enquanto no pré-escolar as competências são desenvolvidas de forma lúdica, em que a criança “aprende brincando”, no primeiro ciclo é iniciado um trabalho mais estruturado, em que a avaliação passa a ser sumativa em vez de qualitativa. As crianças passam a gerir o seu tempo nas diferentes áreas curriculares em vez das atividades desenvolvidas nas áreas da sala.


Cabe ao educador encontrar um conjunto de estratégias, proporcionando “condições para que cada criança tenha uma aprendizagem com sucesso na fase seguinte competindo-lhe, em colaboração com os pais e em articulação com os colegas do 1.º Ciclo, facilitar a transição da criança para a escolaridade obrigatória”.

Tendo em conta o exposto, os pais e professores devem transmitir à criança tranquilidade e segurança necessárias para a nova etapa que se avizinha. Ao fazê-lo vão auxiliar a criança a passar esta nova fase com naturalidade e descontração.

O receio de adaptação é outro dos receios dos pais. Se refletirmos, as crianças demonstram muito mais facilidade de adaptação do que os adultos. Apesar deste facto, o adulto pode utilizar várias estratégias para facilitar a adaptação: sempre que surgir oportunidade, referir a escola como um local positivo, de aprendizagem e crescimento; propício a novas amizades.

Esta fase será dos primeiro grandes momentos de mudança que a criança ira ter ao longo do percurso escolar. Se houver boas memórias deste período, irá ser sempre benéfico para futuras transições propostas à criança.

Para terminar, nunca nos podemos esquecer:

“Há sempre um momento na infância em que se abre a porta que deixa entrar o futuro” (Green, s.d., citado em Oliveira-Formosinho, 2013, p.5).

Educadoras Sandra Moreira e Carolina Lopes, Salas Jerome Bruner e Paulo Freire

terça-feira, 18 de abril de 2017

As Birras

As birras começam a ser frequentes nesta faixa etária, pois são vistas pelas crianças como uma forma de se imporem e às suas vontades, assim como de obterem o que desejam. Quem nunca passou por uma situação constrangedora que nos deixa perto de um ataque de nervos?


A solução para que as crianças cresçam bem e em harmonia é simples, basta apenas amor e limites. O amor é fundamental para que cresçam com confiança e autoestima, e por sua vez os limites são cruciais na aprendizagem do autocontrolo, essencial para a vivência em sociedade.

Tendo estes dois pilares por base, em caso de birra o essencial é tentar manter a calma, por muito difícil que por vezes possa ser, não se esqueça que as crianças imitam comportamentos, quer sejam positivos ou negativos. Tente evitar o uso da força física uma vez que pode criar mais raiva e frustração, além disso, as birras podem ter subjacentes outros cenários como o cansaço, fome ou stress, o que significa que o mais importante naquele momento é recuperar a estabilidade.

É importante conversar com as crianças sobre aquilo que se passou, o que estava certo e o que estava errado, porque é que não pode voltar a acontecer, as consequências de uma futura birra e as consequências do bom comportamento. A autodisciplina é ensinar a criança a controlar, positivamente, as situações em que se encontra. Uma vez conquistada, as birras desaparecem, quase como por magia.

Contudo existem birras persistentes, sendo, por vezes, necessário ”ignorá-las”, não respondendo à criança, não a olhando, não acusando o seu comportamento de forma alguma. Nas primeiras birras, esta atitude pode não resultar em pleno, aumentando até a sua intensidade (para chamar a sua atenção) mas, se o fizer regularmente, as birras vão acabar, porque a criança vai perceber que não estão a surtir efeito.

Se a birra ocorrer em casa ou noutro espaço familiar, experimente deixar a criança sozinha durante alguns minutos ou segundos, pois funciona muito bem, uma vez que não tendo “audiência” a criança vai acabar por se acalmar mais rapidamente. No entanto, e para se salvaguardar de uma possível parte dois, só a deixe voltar quando estiver tranquila e em silêncio pelo menos durante 30 segundos seguidos.

As birras são inevitáveis. O segredo está na gestão das mesmas.

Educadoras Maria João Paiva e Joana Patrício, Salas Loris Malaguzzi e Ovide Decroly