segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

"Pôr as mãos na massa!" - A importância da exploração sensorial nos primeiros anos

O bebé quando nasce demonstra interesse em experienciar situações e desenvolver explorações que contribuem para a construção do seu “self” e para a interação com o mundo que o rodeia. De acordo com os métodos curriculares que o CER defende e acredita, sobressai uma característica comum a todos: a criança é construtora do seu conhecimento através das relações e interações com o meio.



Deste modo, a escola bem como o educador devem proporcionar aos bebés e crianças “a riqueza das experiências […] em um momento em que o cérebro está pronto para receber, fazer conexões e assim utilizar essas informações (Goldschmied & Jackson, 2007, p. 114) no seu dia-a-dia. Isto porque os cérebros dos bebés além de estarem em constante crescimento, desenvolvem-se ao responder à informação recebida pelos cinco sentidos: audição, tato, paladar, olfato e visão.



Esta estimulação sensorial necessita por um lado de um ambiente organizado e dotado de objetos e materiais (estruturados ou não estruturados) que desafiem a criança no ato de transformar e criar (Harns, 2014), e por outro lado de um educador capaz de proporcionar uma variedade de experiências que se contextualizem nas características do grupo, em geral, e em cada criança.



Face ao referido, como é que na realidade esta estimulação sensorial ganha forma?

Por vezes, “o que começa por ser um movimento ocasional - acenar com uma colher de pau e acidentalmente bater com ela num caixote de papelão - conduz a uma descoberta fascinante e é intencionalmente repetida vezes sem conta. […] Mais tarde, a aquisição deste conhecimento experimental conduzirá as crianças a sequências cada vez mais complexas, como mexer com uma colher ou empilhar caixas (Hohmann & Post, 2011, p. 26)”.


 

Em conclusão, importa referir que este contacto sensorial floresce nos bebés e crianças uma variedade de emoções como a alegria, a tristeza, a surpresa a aversão ou até mesmo o medo. Ainda mais, os bebés e crianças que estão em contacto com aprendizagens sensoriais tornam-se mais ativos, dinâmicos, criativos, emocionalmente equilibrados e saudáveis, e passam a realizar melhor as atividades propostas, a encontrar soluções e a apresentar uma boa socialização.


Educadora Mariana Espinheira Rio, Salas Jean Piaget e Lev Vygotsky

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