quinta-feira, 18 de maio de 2017

O 1.º Ciclo está a chegar! E agora?

Tendo em conta que o Pré-escolar é a “primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida” (Lei nº 5/97 de 31 de março, Capítulo II, Artigo 2) é necessário haver uma articulação entre valências no sentido de não haver uma fragmentação educativa. Tal como refere Sim-Sim (2010) a entrada no primeiro ciclo é marcada por uma grande diversidade de estados antagónicos (alegria, felicidade, receio, stress e angústia). Estes estados resultam das alterações metodológicas e de rotina, passando de um contexto informal para ou contexto mais formal. Enquanto no pré-escolar as competências são desenvolvidas de forma lúdica, em que a criança “aprende brincando”, no primeiro ciclo é iniciado um trabalho mais estruturado, em que a avaliação passa a ser sumativa em vez de qualitativa. As crianças passam a gerir o seu tempo nas diferentes áreas curriculares em vez das atividades desenvolvidas nas áreas da sala.


Cabe ao educador encontrar um conjunto de estratégias, proporcionando “condições para que cada criança tenha uma aprendizagem com sucesso na fase seguinte competindo-lhe, em colaboração com os pais e em articulação com os colegas do 1.º Ciclo, facilitar a transição da criança para a escolaridade obrigatória”.

Tendo em conta o exposto, os pais e professores devem transmitir à criança tranquilidade e segurança necessárias para a nova etapa que se avizinha. Ao fazê-lo vão auxiliar a criança a passar esta nova fase com naturalidade e descontração.

O receio de adaptação é outro dos receios dos pais. Se refletirmos, as crianças demonstram muito mais facilidade de adaptação do que os adultos. Apesar deste facto, o adulto pode utilizar várias estratégias para facilitar a adaptação: sempre que surgir oportunidade, referir a escola como um local positivo, de aprendizagem e crescimento; propício a novas amizades.

Esta fase será dos primeiro grandes momentos de mudança que a criança ira ter ao longo do percurso escolar. Se houver boas memórias deste período, irá ser sempre benéfico para futuras transições propostas à criança.

Para terminar, nunca nos podemos esquecer:

“Há sempre um momento na infância em que se abre a porta que deixa entrar o futuro” (Green, s.d., citado em Oliveira-Formosinho, 2013, p.5).

Educadoras Sandra Moreira e Carolina Lopes, Salas Jerome Bruner e Paulo Freire

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