terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Educação Expressiva" - Um Paradigma Educativo

Marcelli Ferraz, é coordenadora do livro Educação Expressiva, que surge no âmbito da educação e terapias expressivas, e que nos últimos tempos se tem assumido cada vez mais como um novo paradigma educativo. No entanto, e apesar de ser um modelo próprio para crianças, jovens e adultos com necessidades educativas especiais, poderá ser utilizado com qualquer criança e conciliado facilmente com outros modelos e metodologias, nomeadamente  com o currículo High-Scope. Este último, assenta na ideia chave de Jean Piaget da aprendizagem ativa, bem como nas definições de etapas de desenvolvimento, do mesmo autor, que nos permitem rapidamente relacioná-los e torná-los parte do nosso trabalho em creche.
 
A criança em creche encontra-se em plena fase sensório-motora, pelo que todo o trabalho que envolva o estímulo dos sentidos será um exercício para o cérebro e promotor do desenvolvimento de várias competências: motora, linguística, do raciocínio lógico e psicossocial.
 
Na creche, os movimentos de fitas suspensas, o som que estas provocam (visual e auditivo), bem como a exploração de digitinta ou pasta de farinha (tato, cheiro e paladar), permitem aos bebés e crianças mais pequenas experiências e contacto com capacidades expressivas precoces.
 
 
Por exemplo, numa atividade com pasta de farinha uma criança pode passar grande parte do tempo a amassá-la e enterrar a ponta do dedo, enquanto outra criança a divide consecutivamente em pequenos pedaços. Isto significa que enquanto a primeira explora mais a dimensão sensorial, a segunda foca-se numa dimensão mais cognitiva de compreensão do mundo e em como as coisas podem ter uma forma, serem manipuladas/alteradas e voltarem à forma original.
 
Segundo os autores, a educação expressiva vai ao encontro do estímulo das expressões humanas, principalmente das não verbais, integrando: toque, voz, dança, movimento, cheiro, som, cor, pintura, representação, imaginação, escuta, escrita, grito, riso, jogo, performance, simbolismo, modelagem, além do olhar, do sentir, do fazer, do experimentar (...) promove com facilidade a aprendizagem, trabalhando o “SER” integralmente, com todos os seus sentidos, possibilidades e formas de expressão (...)”
 
Educadora Ana Rita Maia

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