Há pouco tempo em casa,
vendo a minha planificação, perguntaram-me porque é que fazia atividades de
culinária e se de facto elas (as crianças) participavam… Ora aqui está o mote
para este artigo!
1.º - As atividades de
culinária são pensadas e planeadas para que, por exemplo, crianças mais
inibidas participem mais ativamente nas atividades dando oportunidade para que
se coloquem questões sobre o que se está a fazer, sobre gostos e expressar
opiniões durante o processo. Muda-se um pouco o ambiente e os instrumentos de
aprendizagem e os ovos, a farinha, as cenouras e o açucar tornam-se atores
principais. Dividem-se tarefas e
apela-se à responsabilidade de cada um durante a mesma.
É necessária organização
e planificação do que se vai fazer e o que vai ser necessário. A atividade pode
ensinar muitas coisas. Dependendo do prato escolhido, pode-se contar a história
de uma região onde ele foi inventado. Ou curiosidades culinárias. A receita em
si pode ensinar muita matématica: quantidades, números de colheres. Até química
e física pode entrar no processo. Eles adoram misturar o pó mágico que faz
crescer todos os bolos!
2.º - As crianças vão,
gradualmente, assumindo um papel mais ativo na confeção da própria receita.
Passa-se de observar para atuar mais intensamente: na nossa sala as crianças
mexem a massa, introduzem os ingredientes contando-os, mais tarde, regista-se
como se fez, recordando todo o processo! Quanto mais receitas fazemos, maior é
a capacidade de prever quais os ingredientes que delas fazem parte! E… tal como
o fermento faz crescer também a diversidade de experiências o fazem!
Educadora Florbela Rios
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