segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nem sempre são só "os dentinhos"

Bebés e crianças pequenas (até aos 2 anos) em contexto de creche, ou as crianças que entram mais tarde para contexto escolar (creche ou mesmo pré-escolar), são mais susceptiveis de contrair as doenças típicas da infância por vezes de contágio rápido.
 
Entre as mais comuns podemos encontrar:
 
- Gastroenterite: constitui uma irritação e inflmação das mucosas do estômago e intestino, transmitida de pessoa para pessoa, surgindo perda de apetite, vómitos e diarreia líquida, espasmos abdominais e febre. Com duração de 1 a 2 dias, não deve existir auto-medicação e a criança deverá ficar em casa em repouso e bebendo bastantes líquidos para evitar a desidratação (água, chá, sumo de cenoura). O açúcar não é aconselhado por prolongar a diarreia.
 
- Bronquiolite: é normalmente causada por uma infeção viral, e provoca a inflamação dos bronquíolos. No caso de crianças pequenas, as causas mais comuns são as infeções respiratórias, reações induzidas por medicações. Normalmente desenvolve-se durante o outono e inverno, sendo os principais sintomas a tosse intensa, febre baixa, dificuldade respiratória (chiadeira no peito, movimentos respiratórios rápidos ou mesmo apneia (paragem respiratória prolongada entre movimentos respiratórios). Podem também surgir vómitos, irritabilidade, falta de apetite, conjuntivite, entre outros.
 
- Viroses: quando existem sintomas como febre, diarreias, vómitos, espetuaração, por vezes associados ou não, mas que não se enquadram num quadro de um vírus específico. As alterações de temperatura ambiente são propícias a este tipo de situações.
 
- Varicela: com preferência pelo inverno e primavera, a varicela raramente reincide e é típica da infância. Transmitida frequentemente pelo ar quando a criança infetada tosse, espirra ou fala, o período de incubação decorre entre o período em que contrai o vírus e o sugimento dos primeiros sintomas. As típicas bolhinhas surgem 1 ou 2 dias depois do vírus entrar em fase de contágio, o que torna impossível controlar a sua transmissão. O facto dos sintomas surgirem espaçadamente entre crianças do mesmo grupo, tem a ver com o período de manifestação de sintomas, entre 10 a 16 dias após a exposição. Nomalmente surge erupção cutânea, tempetatura e mau estar geral.
 
Entre os menos conhecidos está por exemplo o nosso mais recente conhecido, "Boca, mãos e pés" - uma variante do vírus Coxsaqui, que se caracteriza pelo aparecimento de bolhas vermelhas dolorosas na língua, garganta, gengivas, palmas das mãos e pés. Pode surgir febre, por vezes instável: 1 dia, intervalando 2 ou 3 dias e resurgindo por 2 a 4 dias.
 
Nos países não tropicais é característico de um tempo mais quente, normalmente o verão.
 
Perante isto, compreende-se que quando aconselhados os pais devam   consultar o médico (pediatra) para que veja a criança e analise realmente todo o quadro clínico. Por vezes, deixamos arrastar mais estes quadros porque atribuímos logo a culpa aos dentes. Uma febrícula pode acontecer na altura em que algum dentinho rompe porque o sistema imunitário está mais débil e susceptível, daí a febre surja como sintoma de uma infeção menor. No entanto, devemos estar atentos quando pequenos outros sintomas se associam.
 
Educadora Ana Rita Maia

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