segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Compotas – Prenúncio de Outono

A origem das conservas de fruta – compotas, geleias, doces em barras e frutas cristalizadas – perde-se na linha do tempo, pois trata-se de uma arte gastronómica muito antiga. Geralmente associada aos árabes, mais exactamente aos mesopotâmios, introdutores do açúcar na cozinha, que, no entanto, a usavam para fins medicinais, foi conquistando os lares medievais europeus.

A arte de conservar fruta foi introduzida na Europa pelos cruzados. Todavia, o método tradicional de preparação dessas guloseimas não se alterou com o decorrer dos séculos, continuando a ser simples e rápido. O aroma dos frutos de Verão misturado com o açúcar continua a seduzir e a reconfortar os estômagos dos apreciadores até hoje!

Em Portugal, há registos sobre o ofício de confeiteiro e conserveiro datados do final da Idade Média e início da Época Moderna, já que a indústria de conservas ou de doces de fruta desenvolveu-se a par da produção de açúcar.

Inicialmente, esses doces destacaram-se pelo seu valor medicinal, mas rapidamente foram adquirindo outros usos e significados e estimularam uma indústria doceira que se expandiu, sendo aperfeiçoada nos séculos seguintes.

Em Portugal, essa arte era desenvolvida domesticamente, servindo de sustento a muitas famílias, foi transmitida através das gerações.

Quem não se lembra de entrar na casa da avó e sentir o aroma da fruta espalhar-se pelos corredores? Trata-se de uma arte ancestral e um prenúncio a chegada do Outono, estação do amarelar das folhas.

Na Sala de Estudo, quisemos reavivar esses tempos e, portanto, resolvemos confeccionar uma deliciosa compota de maçã para acompanhar os nossos pequenos-almoços ou lanches de fim de tarde.

Nota: A utilização do forno e o manuseamento dos utensílios de cozinha contaram com a supervisão de um adulto.
 




SALA DE ESTUDO

Sem comentários:

Enviar um comentário