quarta-feira, 24 de abril de 2019

Brincando com a Matemática desde a Creche

A melhor forma de despertar o gosto pela Matemática desde os primeiros anos de vida é a brincar! 

“A brincar?”, dizem vocês! Sim, é através do jogo lúdico que as crianças descobrem coisas iguais e diferentes, organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecem relações, observam os tamanhos das coisas, brincam com as formas, ocupam um espaço e assim vivem e descobrem a Matemática. Uma criança aprende muito de Matemática sem que o adulto precise ensiná-la, pois a Matemática está presente na arte, na música, em histórias, na forma como organizamos o pensamento, nas brincadeiras e nos jogos infantis. Contudo, o adulto deve impulsionar este conhecimento, promovendo experiências e disponibilizando tipos de materiais que possibilitem às crianças tais descobertas.

É importante para um educador perceber que pode trabalhar a Matemática, principalmente em idades mais precoces, sem se preocupar tanto com a representação dos números ou com o registro no papel e que pode colocar em contacto com a Matemática crianças de todas as idades, desde bebês.

Podemos pensar a Matemática a partir de uma proposta não-escolarizante, que permita à criança criar, explorar e inventar seu próprio modo de expressão e de relação com o mundo. Tudo o que temos de fazer é criar condições para que a Matemática seja descoberta, oferecer estímulo e estar atentos às descobertas das crianças.  

O trabalho de Matemática na infância deve, dessa forma, garantir que as crianças façam mais do que recitar números e decorar os nomes de figuras geométricas. É preciso que possam, partindo dos conhecimentos prévios de cada uma, avançar nos seus conhecimentos mediante situações significativas de aprendizagem. Várias são as possibilidades para que isso ocorra: as situações de jogos; as resoluções de problemas; atividades lógicas, etc.

O que vai garantir uma aprendizagem consistente é que a criança possa ser a protagonista desse processo, ou seja, um ser ativo que procura respostas a questões verdadeiras e instigantes. Sem nunca esquecer o papel fundamental do adulto/educador, enquanto promotor e mediador da aprendizagem, pois possui o papel de acompanhar as atividades, ensinando e promovendo oportunidades em que a criança possa desenvolver-se mais e de uma forma adequada à sua idade e grau de desenvolvimento.




Educadora Sandra Moreira, Sala Loris Malaguzzi

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